Fim de ano

2006.
A casa nova.
O 1º aniversário dela. As primeiras férias dela.
O jardim a compor-se.
Os amigos lá em casa para ver a bola…e o Zidane, outra vez.
Os primeiros passos dela.
O nascimento deste blog.
O 4º aniversário desta aventura, que começou a dois.
A última viagem do meu avô. A dor dos dias que não passam.
A segunda fatia de férias.
A visita da D. A música.
A escolinha dela, as lágrimas minhas e dela e os sorrisos nossos.
A dor da S, tanta dor. A raiva, o colo.
A gravidez da M.
A queda do J. Mais colo, nada mais.
O susto…e afinal não era nada!
A minha filha, sempre. As palavras novas, as frases novas, as canções, as danças!
O Natal com ela. O ano com ela. A vida com ela.

Viva!

...Foi a palavra que marcou este Natal. Foi um feliz Natal, cheio de calor, lenha a crepitar e quatro gerações reunidas. A pimpolha feliz, muito feliz. E os seus gritos de "Viva!" cada vez que um de nós abria um presente, encantadores.
E a mãe dela radiante, por perceber que ela estava feliz por estarmos todos juntos, mais do que pelos objectos que lhe couberam a ela no "sapatinho".

Que tenhamos todos a sabedoria para manter este espírito nela, no próximo Natal, é o meu desejo para 2007.

Somos pelo SIM

Sábado à tarde, Porto, Rua de Stª Catarina. Uma bancada montada e vários jovens a pedir assinaturas para o manifesto pelo NÃO no referendo à despenalização do aborto de 11 de Fevereiro próximo. Uma jovem (15, 16 anos) dirige-se a nós e pede uma assinatura. Coloco o meu sorriso nº 32 e respondo "somos pelo Sim"...a jovem, aterrada, olha para a minha filha e responde: "Pelo sim? Com um bebé tão lindo?"... Eu conto até três e, com toda a calma, volto a dizer: "Sim...pelo Sim!" e penso para mim se deva ficar ali a conversar com ela, e a explicar-lhe que acabara de dizer uma alarvidade...mas estava com pressa e continuei. Deixei-a a reflectir naquela aparente contradição. Também penso que não me ouviria, ou não me entenderia, de tal forma deve estar "formatada" para o argumento "somos pela vida" (arghhhhhhhhhhhh). Já escrevi aqui o penso sobre este assunto, pelo que não valerá a pena repetir-me.

E é Natal, não queria enervar-me...

A magia é dela

Ouve-se muitas vezes que o Natal é das crianças, e que elas é que trazem a magia à quadra, e tal...
Nunca concordei muito com isso, porque não tendo crianças, gostava à mesma da quadra, adorava o cheio a canela e a pinheiro, sempre me emocionei por andar a passear na Baixa (do meu querido Porto) nos dias que antecedem a grande jantarada, a ver as luzinhas e o corre-corre do pessoal. Uma criança grande, portanto!

Mas, este ano, estou completamente rendida à afirmação do primeiro parágrafo. A pimpolha tem agora 20 meses e anda encantada com esta coisa do Natal… Foi vê-la de boca aberta quando lhe mostramos o pinheiro na sala, e o ar de verdadeiro assombro de cada vez que acendemos as luzinhas do mesmo. Levanta os bracinhos e ri-se de forma contagiante. Correndo o risco de parecer demasiado lamechas, é encantador vê-la assim! Damos por nós com aquele sorriso parvinho estampado na cara… É, de facto, mágico.
Depois, a saga dos postais…seguiram todos com o seu toque artístico, cheios de rabiscos, porque ela está na fase de descobrir as maravilhas que uma caneta faz em cima de um papel.

Acho que é o ano em que me está a dar mais prazer preparar o Natal…ou os Natais, que eu gosto tanto disto que faço 3 jantares de Natal. Dois com amigos muito queridos (que só não são família por acaso) e depois o “habitual” com aqueles que nos estão geneticamente ligados. Para mim, cada um deles é O Natal.
E parece-me que a responsável por estar, este ano, tão impregnada pelo tal espírito natalício é ela, a piquena que nos enche a vida e o coração.