À Flor da Pele

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Menino do Rio

Ontem, a propósito de uma brincadeira lá em casa, acabei a noite a pensar em ti…
O meu primeiro amor da idade adulta. Uma grande "panca" minha, é como te costumo recordar.
Quando me lembro de ti, acabo sempre por sorrir. Por tudo aquilo que (não) fomos.
Sorrio, mesmo quando recordo a minha despedida atabalhoada no aeroporto. Morta de saudades. De ti porque partias, e da cidade para onde ias, porque a amava já, sem a conhecer.
Talvez tenha sido isso que mais amei em ti: o teu amor pela Cidade. Que te fez abdicar de tudo, porque tinhas mesmo de ir. O que me pediste para não te confundir na tua decisão de partires. O que me custou não te confundir.
Hoje sei que tudo aconteceu como devia ter acontecido. Não éramos almas gémeas, nem sequer nos unia um enorme e avassalador amor. Tínhamos uma grande empatia e uma química que quase fazia faísca. Nada mais.
Sei que depois de teres ido, falavas de mim a quem te ia visitar. Todos me traziam os teus recados, as tuas dúvidas, a decisão difícil.
Mas sabemos os dois que assim é que está certo.
Nunca te fui visitar. Estive perto de tua casa, um dia... mas nessa altura tive medo que pensasses que tinha atravessado finalmente o Atlântico para te ver... e estava muito longe disso. Tão longe!
Ficamos melhor assim, com a recordação pura de algo que aconteceu de uma forma quase etérea. E muito, muito bonita.

Um beijo, gato!

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