À Flor da Pele

terça-feira, novembro 14, 2006

Gajas!

Estava eu numa loja, para comprar umas botinhas à minha filha, quando entra uma segunda cliente (isso pensava eu, inocente…) e se dirige à menina começando a falar com ela. Não prestei atenção, claro está, que não sou muito dada à escuta da conversa alheia. De repente, o tom de voz eleva-se, e percebo que há homem ali no meio, sendo que a empregada da loja anda (alegadamente) a enviar mensagens ao marido da outra senhora (que afinal, não era cliente…) que, por isso, se sente ofendida. Chamemos-lhe, então, a ofendida.
Ora, a coisa fica mesmo brava quando ouço um pum e vejo as duas engalfinhadas uma na outra, dá estalada, puxa cabelo, enfia as unhas na cara. A agredida ainda grita pela polícia, a ofendida continua na sua missão de espancar a outra, os sapatos caem das prateleiras e as duas caem para trás do balcão, desaparecendo do nosso campo visual. Perante este cenário a minha filha só pergunta: “Ohh…onde ‘tá?”. Digo-lhe que está tudo bem, já a pôr-me a léguas da balbúrdia. Ainda há algumas pessoas que assistem à cena, e entram na loja, mas quando percebem que é coisa de gajas, desistem com um sorriso nos lábios. Bonito, penso eu.

Foi bonito de se ver, mesmo, principalmente o senhor que acompanhava a ofendida (e que presumi que fosse o marido dela) e se manteve impávido e sereno a observar a montra da loja enquanto as duas acertavam as suas contas lá dentro.

Portanto, a ver se eu entendi: o meu marido anda a receber mensagens de uma gaja e eu, então, vou ter com ela e bato-lhe que é para ela aprender a não se meter com ele que, coitadinho, até anda deprimido com a história. E ainda por cima, o tipo vai ver a cena de camarote…Está certo!

2 Comentários:

  • Às 7:20 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    Eles são as vítimas, coitadinhos. Agora até me vieram as lágrimas aos olhos...

     
  • Às 2:31 da manhã , Blogger Bia disse...

    Ai, ai. É esta a mentalidadezinha. Eles fazem asneira, mas elas é que são as porcas oferecidas a quem eles não puderam resistir, coitadinhos.
    As porcas são elas, claro.

     

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