À Flor da Pele

terça-feira, outubro 31, 2006

Carioca


Ontem fui, uma vez mais, ao meu Coliseu (este ano está a correr bem...), para aplaudir o génio da MPB, de seu nome Francisco Buarque de Hollanda, Chico Buarque. É o maior. Tímido, imóvel no centro do palco, abre-nos a alma num gesto imenso de generosidade e vai oferecendo a cada um dos presentes pérolas de mestria e talento.
A nível cénico, temos o Chico coroado pela silhueta do Rio de Janeiro e seus morros, a Gávea, o Pão de Açúcar, o Corcovado e o Morro Dois Irmãos. Suspensos do tecto, protegendo um seu filho e abraçando quem o aplaude.
Não me sinto, hoje, capaz de transmitir o que se passa quando se ouve aquilo que este homem tem para nos dizer, mas há que encarar cada música, cada frase, como uma obra-prima. Fica, para a posteridade, a música que desde ontem não me sai da cabeça e faz parte desse hino ao faz-de-conta João e Maria:

Agora eu era o rei
Era o bebel e era também juíz,
E pela minha lei,
A gente era obrigada a ser feliz.

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