À Flor da Pele

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Dar à Luz

Volta e meia, a conversa volta... Com as amigas, com a família, com os colegas de trabalho.
Não há nada de mais mágico e maravilhoso do que dar à luz, fazer nascer, trazer ao Mundo. E esta manhã, foi este o pensamento que me acompanhou a caminho do trabalho. Na sorte fantástica que tenho por tê-lo feito duas vezes. E por ter tido a serenidade de querer ser eu a fazê-lo e não uma equipa de cirurgiões, assépticos de emoção.

E tudo isto porque, estando a maioria das minhas amigas em idade fértil, algumas há que tomam à partida a opção que eu não consigo perceber: fazer uma cesariana - ponto final.
Não que seja algum demérito fazer nascer um filho por cesariana, nada disso, afinal de contas ainda bem que a medicina evoluiu e que desta forma conseguem nascer vivos os bebés que de outra forma não nasceriam, mas...optar à partida por uma cesariana...pelo medo da dor. Não sei.
Para além do risco (para mãe e bebé) desta que é, apesar de tudo, uma cirurgia, há o outro lado, o emocional. Sermos protagonistas do nascimento do nosso bebé é transcendental.

Penso muitas vezes neste assunto, sobretudo desde o meu segundo parto, por todo o envolvimento que teve, pela fase conturbada da minha vida, pelas pessoas que me acompanharam durante essas horas. Não vou aqui negar a dor, que se faz sentir senhora de si, mas não posso esquecer a emoção de ter tocado a cabecinha do meu J. ainda dentro do meu ventre, afagando-o pela primeiríssima vez, ainda dentro de mim. Do extâse de o ter guiado na sua passagem para o Mundo, na sua primeira viagem. Há coisas que dificilmente se descrevem e que é um privilégio ter sentido.

E como é bom olhar para eles e dizer: eu trouxe-te ao mundo, fiz-te nascer.

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