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É sempre assim. Tento contê-la, para que a não vejas, para que te não custe ainda mais a partida.
Sinto-a sempre, vai se formando devagar, redonda, dorida, pioneira de outras mil. Olho-te, mergulho no teu olhar e travo-a dentro de mim. Para que a não vejas, para que te não custe ainda mais…
Mas há dias em que não consigo, e foi o que nos aconteceu ontem. Não pude contê-la, rolou pelo rosto abaixo e trouxe com ela todas as outras que cá estavam dentro, à espera de puderem descer, lavando-me o rosto e doendo-me a alma.Tu vens já, eu sei. Não demora nada, daqui a pouco estamos de novo como devíamos estar sempre, juntos. Mas esta maldita lágrima, desta vez, teimou em cair, e fez-te perceber, sem eu o querer, o quanto me dói de saudades.
Um beijo.