À Flor da Pele

terça-feira, julho 24, 2007

Em claro

Prisioneira da noite, é-me impossível a clareza. Tudo desemboca invariavelmente no mesmo poço, no mesmo fundo e escuro poço. Rodo, rodo sobre mim e sobre ti. Rondo-te, rendo-me. E rasgo-me.
Prisioneira da noite, tudo é terrível, e negro e bruto. E depois de, uma vez mais, rodar sobre mim, mordo-me. De novo. E rasgo-me a alma, para conter o grito que teimo em calar.

Mesmo aos primeiros passos da alvorada, a alma acalma. Páro eu; pára o meu imparável pensamento e descanso finalmente.

É a hora de acordar.

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