112

Felizmente, nunca tinha precisado de marcar os três números, pelo que tinha uma ideia muito "idealizada", talvez, deste serviço.

Ontem, pela primeira vez, precisei de ligar para o 112. Uma criança estendida no meio da estrada a gritar de dores e a sangrar, evidenciando atropelamento, fez-me estacionar de qualquer maneira e ligar para o serviço de emergência. Chamou, chamou, chamou, chamou...até eu ter de desistir e desligar. Valeu-me o número da PSP gravado no telemóvel, de onde me atenderem de imediato e transferiram a chamada para o CODU (parece que é o Centro de Orientação de Doentes Urgentes). Resolveu-se. Pelo menos, quero pensar que sim, e que a criança ficou bem. Depois de chamar a viatura de emergência, deixei o local, onde entretanto se aglomerou uma pequena multidão. Havia um rapaz do INEM que fazia já os "primeiros socorros".

A imagem daquele menino, o Luís, a gritar dói-me tudo!, não me saiu da cabeça desde então. Nem isso, nem o facto de não me terem atendido do outro lado do 112... dá que pensar...