À Flor da Pele

quarta-feira, outubro 31, 2007

E se de repente...?

...damos por nós a organizar jantares com o antigo grupo das férias e da escola,
...recebemos e-mails de pessoas com quem não estamos há anos, e nos dizem que têm saudades nossas e não deixaram de pensar em nós durante todo este tempo,
...damos por nós a sorrir de cada vez que chega um desses e-mails, a confirmar a presença no jantar,
...damos por nós a escrever desenfreadamente a cada uma dessas pessoas e a retribuir a declaração de saudade de enorme afecto,
...percebemos claramente que deixamos uma marca num grupo especial de pessoas.

Isso é o quê?

Para mim, é a confirmação de que há mais em mim do que aquilo que tenho mostrado e que não pretendo continuar a manter adormecido.

E de que a vida continua :)

segunda-feira, outubro 29, 2007

O nó

Eu tentei, contive-me, mas não consigo mais. Tenho de explodir para algum lado e, ainda assim, este é o local onde menos danos colaterais poderei provocar.
Estou no limbo, no fio da navalha, numa fase da vida que é ao mesmo tempo a mais cheia e a mais vazia. Cheia de certezas e cheia de dúvidas. A maioria dos dias, sinto-me bipolar: ora bem, ora péssima.
E chego a esquecer-me daquilo que não me posso esquecer. Não posso. Tenho uma imensa responsabilidade sobre os meus ombros e sinto-me quase incapaz.

E tenho um enorme nó na minha garganta que agora não consigo desatar. Um nó atado por mim. Por mim.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Modo Pause

Assim se encontra a minha vida.
E este blog também.

Até breve.

quinta-feira, outubro 18, 2007

2007

É o ano das surpresas.

terça-feira, outubro 16, 2007

Encontrei a frase, t

"É preciso aprendermos à nossa custa que a perturbação é que traz lucidez".

Diz o Pedro Mexia, e eu concordo.

quarta-feira, outubro 10, 2007

2º andar direito

Para o caso de vires aqui ler-me...
Para além de tudo o que te tenho dito,
Para além de todas as promessas, de todos os olhares, de todas as vontades,
Para além de todos os tormentos, de todos os medos,
Para além de tudo isto, existe este Amor,
Que dorme, mas não morre.

Deixou de ser vago, para mim, o texto que nos juntou e que dizia que o Amor é forte como a morte. É mesmo. Que depois de me ter morrido, ele sobreviveu.

Mas tem cuidado, trata-o bem, muito bem de mansinho. Que ainda agora vai pisar outro caminho.

Até já.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Todo o Sentimento

Inebriada pelo estado flutuante em que se encontra uma amiga, apaixonada e feliz da vida, apeteceu-me muito dedicar-lhe estas linhas. Obra-prima do nosso amado Chico Buarque.
Para ti, minha querida:

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu